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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Baba


Esta é uma singela homenagem ao companheiro de luta e amigo Valdecir Farias da Silva, o Baba, que faleceu ontem, por volta das 19h em um acidente de carro no trevo de Irati. Ele estava indo para Dois Vizinhos visitar a neta que acabara de nascer.
Copio aqui a descrição feita pela Thea “Baba era novo, 33 anos, mas teve filha cedo, aos 17, e esta foi mãe aos 16. Por isso, muitos como eu, estranharam a notícia de Baba já ser vovô. Ele era assessor do deputado estadual Professor José Rodrigues Lemos (PT) e um militante ativo da APP-Sindicato, sempre atuante nas lutas da Educação e na defesa intransigente dos direitos da classe trabalhadora. Um dos quadros mais preparados do partido, com excelente formação cultural, teórica e sócio-política. Deixa saudades nos amigos e um vazio imenso na luta, no combate diário à direita, ao preconceito, às liberdades. Esta semana, teremos os atos do 30 de Agosto no estado e na Capital e o Baba certamente será lembrado lá por seu envolvimento, articulações e por tantas presenças e construções desse ato nos anos anteriores. Segue em paz, companheiro!!!

O que eu sempre vou lembrar do Baba era seu sorriso e a forma carinhosa de tratar as pessoas. O movimento sindical e a vida política, por vezes, é cruel com os novos quadros que surgem, mas ele sempre me incentivou e acreditou no meu trabalho.
Há tempos atrás ele esteve aqui na CUT e passamos horas conversando sobre formação sindical, formas e maneiras de se atingir o objetivo de fazer as pessoas resgatarem a consciência de classe que o capitalismo tem feito esquecermos. Gravei alguns DVDs para ele com os materiais que usamos nos cursos, e independente de sermos de correntes diferentes no partido ele, como tantas outras vezes, repetiu “Um dia tu ainda vai trabalhar com a gente”.
Lembro também de quando eu ficava na XV de Novembro com algum abaixo assinado da CUT ou de um de seus sindicatos filiados e ele trabalhava na APP, sempre passava para me dar um “oi” e trocar dois dedos de prosa.
Ele é um daqueles poucos que para além do movimento, da luta, a gente cria um carinho e passa a ser amigo.

As saudades ficam, junto com uma pontinha de arrependimento de não ter aproveitado mais a sua companhia. Descanse em paz companheiro, e continuaremos na luta, por ti e por todos que acreditam que um mundo melhor é possível.
 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Uganda e sua primeira parada gay

Na Uganda ser homossexual é ser condenado a morte, e mesmo assim eles se organizaram e fizeram a primeira parada gay do país.

Eu ainda acredito na humanidade quando vejo uma notícia como esta.
A luta por direitos humanos de pessoas LGBT continua!
Nem mais nem menos, direitos iguais!



terça-feira, 14 de agosto de 2012

Propostas da ABGLT para a cidadania LGBT


Este documento é um termo de compromisso feito pela ABGLT para os candidat@s a vereador e vereadora, com propostas voltadas para a cidadania LGBT.

Campanha Voto contra a Homofobia, Defendo a Cidadania” ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) é uma entidade de abrangência nacional, fundada em 1995, que atualmente congrega 257 organizações congêneres de todos os estados e tem como objetivo a defesa e promoção da cidadania desses segmentos da população. Informações adicionais sobre a ABGLT podem ser encontradas em www.abglt.org.br Contextualização da população LGBTO Relatório Kinsey e outros estudos estimam que lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) representam em torno de 10% da população, ou 20 milhões de brasileiras e brasileiros. Apesar dos avanços obtidos nos últimos 20 anos no que diz respeito à promoção da cidadania das pessoas LGBT,  é um segmento da sociedade que ainda enfrenta problemas e desigualdades provocados pela desinformação, o preconceito, e discriminação e a intolerância. Pesquisas realizadas durante as Paradas LGBT apontam que pelo menos 60% das pessoas LGBT entrevistadas já sofreram discriminação por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Diversas outras pesquisas corroboram estas informações (www.abglt.org.br/port/pesquisas.php). No Congresso Nacional, nos 24 anos da Constituição Cidadã, nenhum projeto de lei de promoção ou defesa dos direitos da população LGBT foi aprovado, e até tem parlamentares que apresentam proposições que ferem a Constituição e visam a discriminar e gerar preconceito contra esta população. Aos casais do mesmo sexo são negados 78 direitos existentes para casais heterossexuais. O Judiciário tem preenchido a lacuna deixada pelo legislativo federal, preservando os conceitos constitucionais da igualdade, da não discriminação e da dignidade humana, no julgamento dos casos envolvendo a cidadania das pessoas LGBT, em especial a decisão do Supremo Tribunal Federal em 05 de maio de 2011, que equiparou as uniões estáveis homoafetivas às uniões estáveis heterossexuais. O Executivo Federal tem se esforçado consideravelmente neste sentido, com o Programa Brasil Sem Homofobia, a 1ª e a 2ª Conferência Nacional LGBT, o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT, e a instituição da Coordenação-Geral dos Direitos de LGBT e do Conselho Nacional de Combate à Discriminação. Diferente de alguns outros setores sociais, que lançam e apoiam predominantemente candidatos apenas do seu meio, as pessoas LGBT, além de apoiar candidatos(as) da nossa comunidade, apoiam especialmente  candidatos(as) que são parceiros(as) de nossa luta contra o preconceito e a discriminação, independente de sua cor, raça, credo religioso, orientação sexual ou identidade de gênero.   PROPOSTAS PELA PROMOÇÃO DA CIDADANIA LGBT CANDIDATOS(AS) a VEREADOR(A) Integrar ou instituir a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT Integrar ou instituir a Frente Parlamentar em HIV/Aids Integrar ou instituir outras Frentes Parlamentares voltadas para questões sociais e a promoção da cidadania de populações mais vulneráveis Apresentar / aprovar projetos de lei: Proibição e penalização administrativa da discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero praticada por agentes públicos ou privados. Utilização do nome social de travestis e transexuais por todos os órgãos da administração pública municipal direta e indireta. Revisão do estatuto dos servidores públicos, criando a isonomia de direitos entre servidores heterossexuais e LGBT. Instituição de datas comemorativas alusivas à promoção da cidadania LGBT:            - 29 de janeiro – dia da visibilidade de travestis e transexuais             - 17 de maio – dia contra a homofobia, lesbofobia e transfobia            - 28 de junho – dia do orgulho LGBT            - 29 de agosto – dia da visibilidade das mulheres lésbicas e bissexuais Apresentar / aprovar outras proposições a favor da garantia, defesa, promoção e proteção da cidadania e dos direitos humanos de pessoas LGBT. Votar contra projetos de lei que firam, propositadamente ou não, a igualdade de direitos da população LGBT garantida pela Constituição Federal. Zelar pela defesa do Estado Laico, inclusive no que diz respeito à não utilização de símbolos religiosos em repartições públicas. Garantir no PPA, LDO e LOA recursos financeiros para ONGs LGBT e a Gestão Pública executarem ações de promoção da cidadania e dos direitos civis de LGBT. 

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Propostas das Mulheres do PT para Curitiba

Segue documento feito pelo Coletivo de Mulheres do PT, com as propostas para uma Curitiba melhor!


PROGRAMA DE GOVERNO – PROPOSTA DAS MULHERES

1.               Garantir o combate às desigualdades entre homens e mulheres como eixo estruturante do desenvolvimento do município de Curitiba.

1.1             Criar a Secretaria de Políticas para Mulheres, como instrumento:

- de fortalecimento da institucionalidade das políticas públicas para as mulheres, na perspectiva do reconhecimento do papel do município como indutor e promotor da igualdade, garantindo capacidade executora em dimensão que assegure a eficiência e capilaridade da atuação;

- de incorporação da perspectiva de gênero na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, promovendo uma cultura de inclusão;

- para articular e integrar políticas governamentais e programas de crescimento econômico e de redução das desigualdades sociais, que garantam o acesso aos recursos naturais, econômicos e à riqueza, promovendo a igualdade e a erradicação da pobreza, inserindo as mulheres no sistema produtivo, no mercado de trabalho;

- de desenvolvimento de ações afirmativas propostas pelo Conselho da Mulher e pelas Conferências de políticas para mulheres;

- de incorporação das mulheres e suas especificidades na formulação do conjunto de ações do governo municipal;

- de otimização econômica dos gastos do governo, na medida em que a prevenção é ferramenta de mitigar gastos.

1.2             Fortalecer o Conselho Municipal da Mulher, econômica e politicamente, como instrumento representativo, fiscalizador, propositivo e deliberativo de políticas para mulheres.

1.3             Garantir a realização da(s) Conferência(s) Municipal de políticas para mulheres para que estabeleça um processo de discussão para elaboração do Plano Municipal de Políticas para Mulheres, em consonância com o PNPM – Plano Nacional de Políticas para Mulheres.



2.               Garantir a participação, o atendimento, o respeito e o direito pleno a todas as mulheres do Município de Curitiba, observando as diferenças étnicas-raciais, de orientação sexual, geracional, ou de qualquer outra.

2.1             Ampliar a representação e participação das mulheres nos espaços de decisão e poder,

- promover e fortalecer a participação igualitária, plural e multirracial das mulheres nos espaços de poder e decisão do governo municipal de Curitiba – nas Secretarias; nas empresas públicas, inclusive nos conselhos de administração; e demais órgãos públicos, com vistas a uma mudança de cultura na sociedade, à formação de novos valores e atitudes em relação à autonomia e protagonismo das mulheres, bem como potencializar a criatividade advinda da contribuição da diversidade no ambiente de trabalho;

- buscar mecanismos para equalizar a participação e representatividade das mulheres em cargos de liderança nas instâncias do governo municipal, bem como equalizar as diferenças existentes na situação salarial entre homens e mulheres e com suas diferenças (salário igual para trabalho igual);

- apoiar e fortalecer as medidas que sejam necessárias, incluindo medidas legislativas e afirmativas, para alcançar a paridade entre homens e mulheres em cargos de confiança do poder executivo, legislativo e judiciário no âmbito do município, e em cargos de comando em empresas públicas;

- apoiar e fomentar a participação das mulheres no processo da reforma política no Brasil, nos termos do que é historicamente defendido pelos movimentos de mulheres;

- fortalecer os espaços de participação das mulheres na formulação e implementação de políticas em todos os níveis e âmbitos do poder público municipal;

- estimular o aumento da taxa de atividade feminina, de formalização dos empregos e da ocupação de postos executivos e de comando;

- incentivar a participação das mulheres na gestão de políticas de desenvolvimento territorial;

- buscar mecanismos para a universalização das mulheres à documentação civil;

- promover iniciativas que visem à garantia da regularização fundiária urbana no nome das mulheres;

- capacitar gestores e gestoras públicas, com vistas à inserção da perspectiva de gênero e raça na implementação de políticas públicas e ocupação dos cargos de chefias;

- fomentar a realização de políticas e serviços universais de cuidados que viabilizem o compartilhamento e a co-responsabilidade na reprodução da vida.

2.2             Promover a autonomia econômica das mulheres, com ação estruturante para o desenvolvimento local, a erradicação da pobreza e o enfrentamento à violência contra as mulheres,

- promover ações que garantam a igualdade de oportunidade e de tratamento no mundo do trabalho, que rompam com a lógica dos papéis sociais tradicionalmente atribuídos à mulheres e homens;

- buscar mecanismos para universalizar a creche e educação infantil em tempo integral;

- desenvolver medidas e ações afirmativas destinadas à ampliação da formalização do trabalho das mulheres, à promoção da igualdade de tratamento nos setores público e privado, e ao incentivo à criação de empregos para mulheres;

- fomentar e/ou instituir iniciativas de capacitação e formação profissional e de lideranças femininas para a formulação, implementação e monitoramento de políticas de desenvolvimento sustentável no município;

- garantir a igualdade entre homens e mulheres no direito à casa e à terra;

- garantir a assessoria técnica, socioambiental e à comercialização da produção das mulheres;

- desenvolver políticas e criar mecanismos que ampliem o acesso das mulheres ao crédito e ao microcrédito produtivo;

- promover a valorização e o reconhecimento da contribuição econômica das mulheres, incentivando o empreendedorismo, o associativismo e cooperativismo, especialmente por meio do fortalecimento das redes de mulheres na economia solidária;

- construir alternativas para garantir que nos processos de licitação sejam levados em conta indicadores de equidade/igualdade;

- desenvolver ações de valorização e formalização do trabalho doméstico.

2.3             Garantir o enfrentamento à violência contra as mulheres, ampliando e universalizando o atendimento às mulheres em situação de violência.

- fortalecer a rede de atendimento às mulheres em situação de violência, dando especial atenção à criação e/ou ampliação de Centros de Referência e Atendimento, à delegacias da mulher e casas abrigo;

- fortalecer o Pacto Nacional de Enfrentamento à violência contra as mulheres e a aplicação da Lei Maria da Penha;

- ampliar o acesso à assistência jurídica, psicológica, de saúde, gratuita para mulheres em situação de violência;

- fomentar programas e ações de combate à prostituição e ao tráfico de mulheres e meninas e ao turismo sexual;

- promover os direitos humanos das mulheres em situação de prisão;

- criar a rede municipal de enfrentamento (prevenção e combate) às drogas;

- criar instrumentos de conscientização para a proteção da mulher contra o assédio moral e sexual;

- desenvolver ações de capacitação/formação da rede de atendimento às mulheres em situação de violência;

- incluir a mulher vítima de violência como público prioritário em todas as unidades, serviços e programas da administração pública municipal.

2.4             Garantir a saúde e o pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos, assegurando qualidade de vida e saúde em todas as fases de suas vidas,

- ampliar os programas de atenção à saúde integral da mulher, garantindo o acesso gratuito a todos os recursos, em especial atenção à redução da mortalidade materna e neonatal, ao enfrentamento à feminização da epidemia HIV/AIDS, da prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama e cérvico-uterino e aos agravos decorrentes da violência sexual e doméstica;

- garantir formação e informação para mulheres e meninas no que se refere à reprodução da vida;

- garantir o abortamento em condições seguras, nos casos previstos em lei, ampliando a rede de serviços de atenção à mulher;

- garantir a observância, nas políticas de atenção à saúde das mulheres, das especificidades decorrentes de sua origem étnico-racial, orientação sexual e deficiência;

- garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres em todas as fases do seu ciclo de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie;

- garantir a implementação das diretrizes da Política Nacional de Atenção à Saúde Integral à Mulher;

- ampliar o acesso e qualificar a atenção à saúde das adolescentes e das jovens, por meio da sensibilização e capacitação de profissionais de saúde e de agentes comunitários de saúde focando: o conceito de adolescência e juventude e reconhecimento dos direitos sexuais e reprodutivos a partir de uma perspectiva de combate ao racismo, sexismo, lesbofobia e transfobia;
- promover programas e ações de saúde do/a trabalhador/a na perspectiva de gênero;

- fomentar ações incentivando o parto natural e humanizado;

- prestar atendimento à saúde mental da população feminina;

- adotar a relação saúde-trabalho em toda a rede de atenção a saúde, em todos os níveis de complexidade e em todas as especialidades;

- realizar formação/capacitação de agentes públicos e construir mecanismos para o enfrentamento ao preconceito e à discriminação no atendimento aos munícipes.

2.5             Desenvolver políticas que garantam a educação inclusiva para as mulheres, em todos os âmbitos e espaços educativos,

- fortalecer a educação na perspectiva inclusiva, não sexista e não racista, promovendo e incentivando o acesso das mulheres à ciência e tecnologia;

- ampliar ações para a erradicação do analfabetismo entre as mulheres;

- ampliar e fomentar ações de capacitação profissional da educação em conteúdos não discriminatórios;

- incentivar a prática da linguagem inclusiva, não sexista e não discriminatória;

- apoiar iniciativas de fomento à produção científica e tecnológica das mulheres e sobre as mulheres;

- fomentar e promover ações de inclusão digital para mulheres;

- estimular a participação das mulheres em atividades esportivas com foco no lazer e na saúde, promovendo jogos e torneios entre as regionais do município.

2.6             Desenvolver políticas de cultura e lazer para mulheres e sua família, na perspectiva da qualidade de vida individual e coletiva, ampliando espaços de convivência, com estruturação de equipe interdisciplinar para o desenvolvimento de atividades sócio-educativas em conjunto com as políticas de assistência social, saúde, educação, esporte e lazer, cultura, entre outros, em especial para famílias com pessoas de terceira idade,



3.               Desenvolver políticas de valorização da mulher em toda sua diversidade.

- fomentar iniciativas que coíbam práticas discriminatórias e contribuam com a valorização da mulher, em especial nos instrumentos de mídia;

- investir em projetos de infraestrutura, serviços públicos em saneamento, moradia, transporte, energia e mobilidade para melhorar a vida das mulheres, observando a inclusão das necessidades específicas das mulheres e a promoção de seu bem estar e segurança;

- garantir equipamentos e espaços coletivos e gratuitos de lazer, com programação de atividades lúdicas compatíveis com as necessidades de tempo, segurança e de fácil acesso;

- implementar políticas que incentivem a socialização do trabalho doméstico e dos cuidados com a família, tais como lavanderias e restaurantes públicos e acessíveis.



4.               Contribuir para o avanço da inclusão das mulheres em todos os espaços, com garantia de direitos e oportunidades iguais, respeitando as características das mulheres, em especial com parcerias entre as instâncias de governo (federal, estadual e municipal) e com os municípios da região metropolitana de Curitiba.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Propostas de atuação, na campanha e no mandato


- Debater com a população o papel do parlamentar no legislativo municipal, ou seja, qual é a real função de uma vereadora / um vereador.
- Atuar junto aos Movimentos representativos de: Mulheres, Juventude, LGBT, Estudantes, Artísticos e Sindical, defendendo suas respectivas plataformas, das quais participei como militante.
- A prioridade de atuação será no combate e enfrentamento a todas as formas de violação dos Direitos Humanos, como o combate à Homofobia, Machismo, Racismo e à todas as formas de discriminação e preconceito que geram violência. 
Esta luta é fundamental para a ação parlamentar, visto a necessidade da legislação que promova a superação destes problemas tão presentes na sociedade Curitibana.

A Eleição 2012 vai ser a mais colorida que o Brasil já teve


De acordo com o site da ABGLT e o Terra, nas eleições 2012 teremos aproximadamente 150 candidatos assumidamente Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais no Brasil. É 34% a mais do que em 2008, tornando esta eleição a mais colorida que o Brasil já teve.
Para Toni Reis, presidente da ABGLT este aumento de candidaturas “É um sinal de que a sociedade está mudando, está aceitando mais a diversidade. As pessoas estão se assumindo mais, as novelas estão nos retratando mais, então é natural que haja esse crescimento, que vemos com bons olhos".

Mas você deve estar se perguntando que diferença isso faz?
E eu respondo “TODA”.

O movimento LGBT organizado atua há anos, propondo mudanças de lei, fixação de datas para promover a visibilidade da comunidade e a criação de leis a favor da garantia, defesa, promoção e proteção da cidadania e dos direitos humanos de pessoa LGBT.
Mas não temos parlamentares que apoiam nossa causa, salvo a exceção do Deputado Federal Jean Wyllys (PSOL) e da Senadora Marta Suplicy (PT), que são respectivamente os relatores da Lei do Casamento Civil Igualitário e do PLC 122 pela criminalização da homofobia.
Nas diversas conferências estaduais e nacional LGBT este debate esteve presente, da necessidade de termos representantes da nossa causa do legislativo. Por isso foi organizado um documento com propostas para os candidatos e aliados da causa assumirem como compromisso.
Algumas propostas são:
- Integrar ou instituir a Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, a Frente Parlamentar em HIV/Aids e integrar ou instituir outras Frentes Parlamentares voltadas para questões sociais e a promoção da cidadania de populações mais vulneráveis;
- Apresentar / aprovar projetos de lei:
* Proibição e penalização administrativa da discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero praticada por agentes públicos ou privados.
* Utilização do nome social de travestis e transexuais por todos os órgãos da administração pública municipal direta e indireta.
* Revisão do estatuto dos servidores públicos, criando a isonomia de direitos entre servidores heterossexuais e LGBT.
- Instituição de datas comemorativas alusivas à promoção da cidadania LGBT:
* 29 de janeiro – dia da visibilidade de travestis e transexuais,
* 17 de maio – dia contra a homofobia, lesbofobia e transfobia,
* 28 de junho – dia do orgulho LGBT e
* 29 de agosto – dia da visibilidade das mulheres lésbicas e bissexuais.
- Apresentar / aprovar outras proposições a favor da garantia, defesa, promoção e proteção da cidadania e dos direitos humanos de pessoas LGBT. Votar contra projetos de lei que firam, propositadamente ou não, a igualdade de direitos da população LGBT garantida pela Constituição Federal.
- Zelar pela defesa do Estado Laico, inclusive no que diz respeito à não utilização de símbolos religiosos em repartições públicas.


Mas ser LGBT, não garante que o candidato ou a candidata, irá defender a “bandeira gay”, por isso é importante conhecer o histórico do candidato e sua participação individual ou nos movimentos organizados na luta pelos direitos humanos.
Fiquem atentas e confiram as notícias que a mídia está divulgando.

Vote consciente, pois toda vez que você se omite nas decisões políticas, os interessados irão decidir por você!



Confira a lista dos candidatos LGBT no Brasil: http://www.abglt.org.br/port/eleicoes2012.php
Fontes:
http://www.abglt.org.br/port/basecoluna.php?cod=231

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Colabore com a campanha

Colabore com a campanha, da foma que puder / quiser:
- Curta a fanpage  www.facebook.com/JulianaSouza13024,
- Coloque essa imagem na capa do facebook,
- Divulgue as imagens e artes da campanha com seus amigos.

Quer colocar um adesivo perfurado no seu carro?
Quer ajudar de outra forma? Quer material impresso?
Mande um e-mail para julianasouza13024@gmail.com

Muito obrigada a tod@s!




Entrevista para a Tribuna da Massa 06/08/12

Este é o trecho do Programa Tribuna da Massa do dia 06/08/12, onde aparece a matéria sobre as eleições e o aumento do número de candidatos LGBT.
Assista e comente ;)

OBS: Vá no vídeo "O que faz um vereador"

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Por que se candidatar?


Percebi que as pessoas não me perguntam o porquê decidi me candidatar. Algumas pessoas mais interessadas perguntam as propostas, ou bandeiras que irei levantar. Outras interesseiras, o que irão ganhar com isso. Mas nunca o porquê.
Mas eu acredito que o “por que” e “como”, são fundamentais para entender “o que” eu quero com esse projeto. Então venho aqui neste espaço, do meu jeito, para dissertar / dissecar sobre.

É difícil tentar explicar algo que se sente, vive, que é quase inato. Quem me conhece sabe ou entende isso nas suas formas / escolhas de vida (os artistas, os militantes, as feministas, etc). Mas para quem ainda não conviveu comigo vai um pequeno histórico.
Conta minha mãe que desde pequena sempre fui muito independente. Sempre quis vestir a roupa sozinha (mesmo que ficasse do avesso), sempre fiz muitas coisas ao mesmo tempo, dança, pintura em gesso, informática, etc. E na sala de aula as professoras reclamavam que eu era comunicativa demais.
No ensino médio tive meu primeiro contato com o teatro, comecei um curso na Casa da Cultura de Campo Largo, onde além de me apaixonar pela arte, criei um grupo de amigos que não só dividiam a mesma paixão, como me mostravam um mundo novo. Debatíamos sobre questões filosóficas ou nem tanto, mas nos permitíamos ali, poder conversar sobre tudo que nos angustiava. Pois na adolescência (e algumas coisas até hoje) doem na carne, por mais subjetivas e existencialistas que possam ser, se materializam.
Foi neste período que começam as indagações políticas, grande parte pelo convívio com este grupo e seus componentes (Ana Paula, Cláudia, José Vilseki, Luiz, Karine, Karina, Sandro Punk e Filúvio). Cada um ao seu modo, fosse niilista, de esquerda, indeciso ou libertário, me fizeram indagar mais os fatos, que aconteciam comigo e com os outros. Nessa mesma época comecei a trabalhar como ofice girl em uma empresa de informática. E lembro até hoje que uma das reclamações de minha amiga era que eu estava “adulta demais”.
Aos 18 anos começo a trabalhar na Central Única dos Trabalhadores no projeto Formação para Formadoras (parceria CUT e SPM), onde desenvolvíamos cursos sobre gênero e a recém criada Lei Maria da Penha. Mudo para Curitiba e inicio o curso de Bacharelado em Artes Cênicas na Faculdade de Artes do Paraná.
PS: Antes de escolher o teatro, prestei vestibular para Química na UFPR, Engenhaira Mecânica no ITA e consegui PROUNI para Direito no Dom Bosco.
E é nesse ponto da história que as mudanças vem. O teatro e a política se misturam, e eu descubro que minhas duas paixões não precisariam disputar, mas poderiam sim coexistir. Percebo que tanto no movimento sindical como nas artes minha visão política poderia ser expressa, em greves, peças teatrais, atos, manifestações, monólogos, etc.
E é em uma dessas manifestações que a idéia / projeto da candidatura surge. No dia em que o movimento estudantil junto com a CUT ocupa a Câmara para manifestar repúdio aos atos ilícitos do então presidente da Câmara, Derosso, pedindo sua cassação.
Ficamos o dia todo sentados esperando a sessão que debateria o caso, e no decorrer do dia conversamos com vereadores que estavam ali ocupando aquele cargo há mais tempo do que eu tinha de vida. Me vi ali, num espaço que deveria ser do povo e para o povo sendo usado por pessoas que haviam esquecido deste propósito. Que tinham tornado a via pública uma profissão e não uma vocação. E muitos passando o legado de geração para geração como se fossem detentores de um poder que não podemos alcançar.
Percebi que há tempos eu luto por um mundo melhor, mas não estava me colocando nos espaços que muitas vezes definem os rumos que minha cidade, estado e país irão tomar, desde então passei a participar ativamente do partido e a alimentar, o que agora se tornou realidade, a candidatura.