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sexta-feira, 30 de maio de 2008

ATO pela redução da jornada de trabalho

Sumida? Sim... Por que? Por que eu sou assim... Sem querer, deve ser da minha natureza desconhecida, sou de presença instável...

Mas parando a sessão filosofia e partindo para as vias de fato, o que aconteceu foi que na faculdade estou ensaiando uma peça que terá estréia em julho, é final de semestre e tenho um monólogo para apresentar para a matéria de Interpretação.

No trabalho foi uma correria para o Ato do dia 28 de Maio, Dia Nacional de Luta pela Redução da Jornada sem Redução de Salários, no qual, aliás, participei das manifestações (quem mora por aqui talvez tenha me visto no jornal da tarde, levando um “sutil” empurrão do policial... hehe).

O dia 28/05 pra mim, começou às 2h30 quando acordei e me preparei para ir fechar a Garagem de ônibus do Carmo. 3h30 estávamos lá em torno de umas 100 pessoas, às 5h30 os primeiros policiais chegam, pedem pra que nos retiremos, e como não cumprimos a ordem, chamam reforços, 6h00 estamos sentados de costas para os policiais cantando vinhetas pela Redução, quando somos retirados do local sutilmente aos empurrões e pontapés.
Às 7h fechamos a BR 116 por meia hora, dae partimos para a Praça do Atlético da onde saiu a marcha em direção a Praça Rui Barbosa às 10h.
Ao meio dia, o ato estava terminando e eu fui para meu trabalho...

Hehe... minhas pernas doíam, minha voz quase não existia e o cansaço além de físico era psíquico... Mas estava feliz, foi minha primeira manifestação, me senti parte de algo.
Sem contar que acredito na diplomacia, mas também acho que tem horas em que abalar as estruturas é a única forma de fazer as coisas andarem.

Foto



Essa foto faz parte de uma sessão fotográfica que fiz em 2005 e que só tive acesso nesta semana. Por que? Ah... sinceramente não lembro...

terça-feira, 20 de maio de 2008

Gripe...

Pois é... já era de se esperar que mais cedo ou mais tarde a gripe viesse...
Primeiro porque o tempo anda tão descontrolado (não que não o seja normalmente, pois estamos em Curitiba, mas...) que só poderia culminar num resfriado;
Segundo porque meu corpo ia gritar qualquer hora, chamando minha atenção para que eu me dê conta de que estou no limite, de que preciso de descanso...

Bom, agora é achar um jeito de conseguir descansar.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Bombas

As pessoas estão surtando... sim é a mais pura verdade.
As bombas em que muitos se transformaram ao longo do percurso, estão explodindo.
E o que mais me preocupa são as formas de explosão... Sim, porque os que choram, gritam e esperneiam, sabem extravasar, mas e os que se calam?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Dores paternas

O que dizer quando se perde a fé, quando não se acredita mais em alguém?
O desafio foi lançado, as apostas foram feitas... Mas será que ele consegue?
Fico esperando que me prove, pois de antemão não creio que vá superar o que o acomapanha há tantos anos.
...
Seus olhos...
Por que buscavam o meu durante toda a discussão? Como se pedisse ajuda, como se quisesse... que eu dissesse que tudo aquilo que todos diziam era mentira, que você não havia feito...

E por que eu sei o que pensas, de uma forma que é como se eu te ouvisse?
Meu Deus que ligação é essa entre nós, que sei sempre que cede ao vício...
Sei porque há dias em que o gosto de cachaça invade minha garganta, me perturba por horas e queima...

A agonia vem, não só por ti, mas por mim também, por saber que sou suscetível ao mesmo mal que o acomete e que vivo em vigília...
Martela na minha cabeça mil vozes “tu é igual a ele”...
E mesmo sabendo que cada um traça seu caminho, mesmo tendo colocado em meu corpo, Born to be alone, me desespero...

Me desespero porque sei que nem sempre tu foi assim, e as suas quedas, criadas por ti mesmo, o transformaram em alguém que não mais reconheço...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

São todos uns cretinos

Eu juro... eu juro que tento viver uma vida tranquila de celibatária, despreocupada...
Mas parece que existe uma placa que anuncia isto e todos os mortos levantam de suas tumbas para me atormentar. Tá, nem todos são defuntos, há alguns fantasmas e alguns desconhecidos. Mas no final das contas é a mesma coisa.
Confuso? Também acho. Se tá quieto, porquê tá quieto, se tá perversa, porquê tá perversa...
Como diria Betty Blue (eu assisti ontem): São todos uns cretinos...

E entenda quem quiser...

Projeto Monólogo - Haley

Esse é o texto que usarei para meu monólogo, também chamado de BIFE, o porquê eu não sei... hehe

Trecho retirado da Peça Killer Disney, de Philip Ridley

Haley:
E eu te contei o que aconteceu. Como, quando eu cheguei no fim da rua, uma matilha de cães apareceu. Sete. Grandes e imundos. Cheios de vermes no pêlo. Baba nos beiços. Olhos como coágulos de sangue. Um cão começou a me farejar. Seu focinho como um gelo entre minhas pernas. Depois começou a rosnar. Seus beiços se arregaçaram sobre os dentes amarelos. Ele começou a correr atrás de mim. Eu corria. Corria e gritava. Os outros cães também correram atrás de mim. Eles uivavam e rosnavam como lobos. Eles me perseguiram até um terreno baldio. Eu caí. Cai em cima de um monte de latas. Tinha um gato morto. Minha mão entrou no estomago dele. Mole como uma fruta podre. Eu gritei. Gritei tão forte que fiquei com gosto de sangue na boca. Um dos cães mordeu meu casaco. Eu tentei me livrar. Meu casaco rasgou-se. Corria e corria. Tudo o que eu conseguia ouvir eram grunhidos e rosnados e o barulho do meu coração. Eu saí do terreno baldio correndo. Atravessei o estacionamento velho e entrei na igreja abandonada. Os cães continuavam me perseguindo. E eu estava lá, de pé, na frente do altar, com sete animais raivosos avançando em cima de mim. Eu peguei umas bíblias velhas e joguei neles. Não adiantou nada. Os cães despedaçaram-na. Tive tanto medo. E os cães podiam cheirá-lo. Meu medo. Ele os atraia. Eles chegavam mais e mais perto. Eu sentia o seu hálito na minha pele. Quente e fedendo a vomito. Eu recuei. Tropecei nuns degraus. Quis rezar. Mas não conseguia. Eu sabia que se conseguisse rezar ou cantar um cântico, os cães me deixariam sozinha. Mas tudo o que eu conseguia era gritar. Aí um cão se lançou em cima de mim. Eu dei um pulo. Levantei as mãos. Agarrei alguma coisa. Era liso. Frio. Sólido. Comecei a subir. Como numa árvore. Eu estava no meio do caminho quando percebi que estava subindo num crucifixo de mármore e que meu peito se apertava contra o peito de Cristo. Eu me senti tão reconfortada e protegida. Aí um cão tentou me morder os pés. Arrancou-me um sapato. Meus dedos sangraram. Uma gota de sangue caiu na boca aberta do cão. Ele ficou doido. Começou a subir no crucifixo. Eu escalei mais ainda, pus minhas pernas em volta da cintura do Salvador, agarrei-me à coroa de espinhos com todas as forças. Então o pé do crucifixo começou a balançar. A oscilar de um lado pro ouro. Ele podia cair a qualquer minuto e me jogar no meio dos cães. Como um cristão aos leões famintos. Eu tinha tanto medo. Eu beijei os lábios de Cristo. Disse: ”Salve-me. Não deixe o crucifixo cair”. Mas o crucifixo caiu assim mesmo. Eu me esmaguei no chão. Os cães mordiscaram meus dedos ensangüentados. Vou ser devorada viva, pensei. Devorada por cães selvagens. Gritei: “Socorro! Socorro!”. E aí... Tiros de fuzil! Eu me encolho a cada tiro. Eu olho à minha volta. Os sete cães estão mortos. O sangue escorrendo dos buracos dos seus crânios. Eu me sinto mal. Um padre se aproxima. Segurando um fuzil de caça. Ele me pergunta se estou bem. Eu lhe digo que sim. Ele diz: “Você veio se confessar?”. Eu digo: “Sim”. Porque eu acho que é o que ele quer ouvir e que eu lhe devo alguma coisa por ter me salvo a vida. Eu entro no confessionário com ele e ele me pergunta o que eu fiz de errado. Eu lhe digo que não consigo pensar em nada. Ele diz: “Não seja besta. Ninguém é perfeito”. Eu que ele tem razão. Sei que fiz alguma coisa. Alguma coisa que fez de mim uma menina desobediente. Mas eu não consigo me lembrar. Eu lhe digo que não consigo pensar em nada. Ele me diz para pensar bem. Eu sinto que ele começa a ficar zangado e decepcionado. Ele quer me perdoar, mas eu não lhe dou nenhuma chance. Finalmente, eu digo: “Eu beijei os lábios do Cristo e eles tinham gosto de chocolate”. Ele me trata de pecadora e diz que devo me arrepender. Eu pergunto se posso ser absolvida e ele responde: “Não! Seus pecados são grandes demais”. Eu saio da igreja aos prantos. Juro que nunca mais vou fazer compras.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Just another day...
O que muda é a noite, os sonhos, os pesadelos...
Que, aliás, faz uma semana que tenho pesadelos com perseguição...
Ainda não consegui decifrá-los, mas isso é uma questão de tempo, por que ou eu os decifro ou eles se mostram...
Piras à parte...
Comecei a pintar o quadro da Carila no final de semana, está teoricamente finalizado, mas sei que daqui um mês quando a tinta secar eu vou querer refazê-lo completamente... É sempre assim.

Terminei meu projeto de monólogo, vai ser fundamentado em Brecht e seja o que Deus quiser...
Amanhã posto o texto que compões o monólogo.

sábado, 3 de maio de 2008

1º de Maio de 2008

Essa semana fui trabalhar em Foz, para o 1º de Maio, o dia do trabalhador.
Mas tenho que dizer, fiquei frustrada... decepcionada...
God! É a segunda vez que ajudo no evento e é a segunda vez que prometo que não vou mais fazê-lo.
Não consigo entender o descompromisso das pessoas e a falta de interesse... Vejo que o movimento tem que se renovar, se o sindicalismo continuar como está o que será dos trabalhadores que confiam em seus sindicatos. Que acreditam que eles estão lutando por eles?
Tudo virou politicagem... não vejo mais a garra. Como era na época da ditadura, quando as pessoas lutavam pelos seus direitos arriscando suas vidas para isso.
Creio que a única solução é uma renovação completa.

Que caia um dilúvio! E que os interessados façam uma arca, porque do jeito que está não dá mais...
As pessoas não conseguem tirar o ranço no qual estão acostumadas.
Eu não estou pedindo que comecem a quebrar o plenário ou que botem fogo nos ônibus. Eu só quero que reaprendam que nem sempre se consegue acordos fazendo política, e que às vezes é necessário sim fechar uma ponte!

Mas como me diz meu chefe: “Se acostume esse é o mundo sindical”
NÃO!!
Não vou me acostumar!! E não acredito que seja assim!!
Ainda existem pessoas que querem lutar (pelo menos eu acredito nisso), e se é fé que esta faltando eu estou colocando toda a fé que tenho na crença de que um outro mundo é possível!

Há que se endurecer, mas sem perder a ternura... Difícil? Eu digo que sim... muitas vezes é mais fácil criar uma fantasia de que tudo está certo e nada precisa ser feito, ou então continuar seguindo aonde a maré leva.
Mas... ai...
Ah não sei mais... preciso mudar minha estratégia também, por que ficar simplesmente escrevendo isto não vai mudar nada.