A justiça é morosa...
Essa é a primeira frase que ouço do meu amigo ao contar para ele no telefone como foi a audiência de “conciliação” com a advogada do Banco do Brasil.
Então a situação é a seguinte:
Fui roubada no dia 18/10 de madrugada numa festa, roubaram minha carteira e sacaram da minha conta o valor superior ao meu salário. Como eu estava em Campo Largo (cidade da região metropolitana de Curitiba), a delegacia estava fechada.
Eu não tinha créditos para bloquear meu cartão e informar o roubo, na casa da minha mãe não existe telefone e o Banco não tem um 0800 pra capitais e regiões metropolitanas. Tive de ir até o Batalhão do Exército de Campo Largo para fazer um B.O. e ir a casa da minha avó para bloquear o cartão do banco, VT, VA e etc. Isso era domingo e na segunda feira fui ao banco pedir ressarcimento ao banco, que me informou que eu deveria retornar na terça feira pois as movimentações do final de semana caem na segunda e só podem ser “alteradas” um dia depois. Depois de um mês de espera recebi uma carta do Banco do Brasil dizendo que eu não seria ressarcida, pois minha senha de letras estava na carteira.
OK. Entrei nas Pequenas Causas para solicitar esse ressarcimento.
Hoje dia 19/04/10, ou seja, quase 6 meses depois do roubo, teve a primeira audiência que foi uma audiência de “conciliação”, entre a minha pessoa, a Reclamante, e a representante do Banco do Brasil. Expus o motivo da minha insistência do ressarcimento falando dos pontos fracos do Banco:
1º - A senha de letras quem escolhe é o banco. A senha que eu escolho é a numérica e em nenhum momento ela é solicitada nas operações dos caixas de atendimento. Por que o Banco me mandou por conta própria um cartão com chip.
2º - O sistema de letras do Banco do Brasil é falho. A seqüência das letras não altera no mesmo caixa. Elas permanecem no mesmo local. E pior, fui no domingo dia 18/04/10 gravar um vídeo para levar na audiência que comprova isto e descobri que dois caixas da Agência do Banco do Brasil na Rua XV de Novembro próximo ao Mercadorama, tem a mesma seqüência de letras nas mesmas posições. Ou seja se alguém ver as teclas que pressiono, na seqüência correta e roubar meu cartão e voltar no mesmo caixa, fará tudo que quiser com minha conta.
3º - Eu tive de correr atrás do Banco para obter informações sobre o meu pedido, tive de faltar trabalho, tive gastos com cartório para fazer os documentos necessários para abrir o processo, e o banco simplesmente me mandou uma carta no dia 09/11/09 dizendo que não iria me ressarcir. Fui ao banco pedindo mais informações sobre a negativa e o banco disse que não poderia me passar.
Fiz uma reclamação contra o Banco do Brasil no Banco Central e desde então o Banco do Brasil não fala mais comigo sobre nada que se refere ao processo do roubo.
4º - O valor do roubo excede meu limite diário de saque. Por que o bandido consegue sacar mais do que eu posso?!?!...
5º - O dinheiro sacado não estava na minha conta corrente e sim no Fundo de Investimento, que teoricamente solicita minha senha numérica para ser resgatado.
Bom mas voltando ao termo morosa, a representante do Banco não quis uma “conciliação”. E sabe pra quando foi marcada a próxima audiência???
PARA MARÇO DE 2011!!
Para daqui quase um ANO!!
Meu Deus, eu sei que escolhi a profissão que gosto, mas se tivesse feito o PROUNI que ganhei em Direito não estaria passando por isso. E não teria pedido ressarcimento e sim teria entrado com uma ação de danos morais e materiais. No qual eu poderia solicitar 10 vezes mais do que o valor que me foi roubado.
E viva meu País!
TO PUTA SIM!!
