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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Final de ano

Ok eu sei... não tenho mais tempo...



Não tenho escrito aqui no blog, não tenho estado em dia com meus contos para o PL e tenha deixado a companhia de lado, não acompanho mais os ensaios e só participo das reuniões onde a produção ou dinheiro é solicitado...


Mas outras coisas tem ficado de lado também. Meus 65kg que eu tanto brigava estão muito longe de mim e agora são quase minha meta já que estou com 76kg. Pois é! Quase 80 e foi por isso que eu que tanto detesto tomar remédios e ir em médicos, fui numa endocrinologista.


Eu nem sabia pra que servia uma endócrina (bom agora já descobri). O caso é que ela pediu um exame de sangue e depois de um mês voltei com o resultado. TUDO PERFEITO, pois é colesterol ruim baixo, colesterol bom alto, ácido úrico normal, triglicerídeos também.


OU SEJA,


Causa diagnosticada stress, ansiedade, entre outros.


Resultado: Diaforin, um toda manhã.


Bom, as coisas pareciam caóticas, mas nada comparado a eu descobrir que há mais de uma semana eu não tomava meu anticoncepcional. Sabe como eu descobri, sentindo cólicas, porque quando eu não o tomo, toda vez que fico nervosa menstruo. Legal né! Menos de sete dias depois estava eu sentindo dores e sangrando novamente.


Ai ai... mas isso não é tudo! Claro que não!


As leis de Murphy são cruéis e advinha o que vem em seguida!


O recesso do trabalho não vai ser o esperado de 15 dias e iremos parar apenas para natal e ano novo. Tá que eu pego férias depois, mas porra custava ajudar?


AHHHHHHHHH!


Eu sei que isso parece um post agorento, mas não é! Pelo simples fato de que depois da tempestade vem a bonança e em janeiro eu espero que ela venha com força total e duas vezes maior que os aborrecimentos deste final de ano.


Se bem que eu sempre acho que final de ano é caótico por natureza. Os loucos saem as ruas como se os hospícios tivessem aberto os portões para eles passearem, a hipocrisia de todos por causa do espírito natalino reinante assusta e tudo que tem pra acontecer acontece.






Final do ano passado eu tinha decidido casar... o que será que vem esse ano?? hehe






quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Acreditem ou não - Parte 5

Acreditem ou não – Parte 5


História de um amor verdadeiro, sincero e sublime...







Juliana hesita, mas atende o celular:


- Oi?


- Oi! Juliana?


- Raphaela?


- Sim, meu amor sou eu, ainda bem que foi tu que encontrou o celular, eu estava com tanto medo que tivesse sido sua mãe... Mas... Por que esse silêncio? Achei que ficaria feliz em ouvir minha voz, achei que estivesse com tanta saudade de mim quanto estou de ti.


Depois de alguns segundos de hesitação Juliana responde:


- Você mentiu para mim. Eu não sou seu amor, você tem outra, eu fui apenas mais uma.


- Não meu amor. De onde você tirou esta idéia? O que sinto por ti nunca senti por ninguém.


- Eu vi as fotos no seu celular não adianta mentir para mim, eu vi!


- Ah! Tu viu as fotos no celular! Meu amor me perdoe. Eu gostaria de ser tão pura para ti quanto tu és para mim, mas infelizmente eu tenho uma vida antes de ti da qual não me orgulho e que infelizmente não posso apagar. Essa menina na foto foi uma de tantas que passaram no meu caminho. Mas foi esse meu caminho torto que me levou até você.


- Eu me senti enganada, eu queria que você tivesse me contado antes. Foi horrível encontrar as fotos de vocês duas se beijando.


- Mil perdões, mas tudo aconteceu tão rápido com nós duas, ainda na tivemos tempo para falar mais sobre nossas vidas, eu sei que deve ter sido difícil para ti ver essas fotos, mas garanto que com o tempo nós nos conheceremos por completo. Eu prometo que isso não acontecerá mais, eu jamais esconderei algo de ti.


- Tudo bem eu entendo. Eu queria tanto te encontrar. Não sei se conseguirei sair de casa sem minha mãe. Preciso te ver! E não sei como faremos isso... (Juliana chora baixinho).


- Não chore meu amor. Tudo dará certo. Você pode dizer que precisa comprar alguma coisa para o colégio e pedir para ir com a empregada. Ou então que virá fazer algum trabalho aqui no centro na casa de alguma amiga... Já sei! Diga que tem um trabalho de pesquisa para fazer na biblioteca, e nos encontraremos lá.


- Mas até quando ficaremos assim? Nos vendo as escondidas?


- Juliana, meu amor por ti é algo inexplicável. Quando saí de sua casa ontem foi como se um pedaço de mim tivesse ficado. Senti meu coração despedaçado por te deixar lá. Eu não quero que isso aconteça mais. Eu quero que você fuja comigo.


- Fugir? Mas... Será? Minha família jamais aceitaria. Eu tenho medo do que eles possam fazer.


- Não tenha medo, eu estarei ao seu lado, e seremos apenas nós duas sem passado. Venha com as malas prontas me encontrar meu amor, pois teremos a nossa vida de agora em diante. Sem famílias, sem desavenças, só nós duas.


- Irei arrumá-las. Até amanhã meu amor. Não vejo a hora de estar em seus braços novamente.


- Eu também meu amor. Durma com anjos, pois a partir de amanhã serei eu que velarei teu sono.






***



Ao desligar o telefone Juliana se sentia perdida. Não sabia por onde começar. Sabia que não poderia levar muitas coisas até mesmo para não chamar a atenção de sua mãe. Pegou sua mochila do colégio e colocou o essencial.


Seu coração palpitava só de pensar que amanhã estaria mais uma vez nos braços da mulher que ama.


Seu devaneio é interrompido pela voz de sua mãe:


- Você está falando com alguém? Você está bem Juliana?


Enquanto sua mãe abria a porta Juliana fecha a mochila e senta na cama.


- Estou sim, eu estou falando sozinha, estava arrumando a mochila, pois amanhã tenho que fazer um trabalho na biblioteca.


- Você não tinha me falado isso! Amanhã não poderei te levar, tenho massagem, você vai ter que marcar outro dia.


Juliana fica nervosa, e se sua mãe não acreditasse nela? Resolve insistir.


- Não dá mãe, é trabalho em grupo. Mas não tem problema eu pego um táxi.


- Juliana você sabe que não gosto que você saia sozinha!


- Então eu vou com a empregada. Assim eu terei companhia para ir e voltar.


- Tudo bem, eu falarei com ela amanhã pela manhã. Boa noite filha.


- Boa noite mãe.






Sentiu um alívio quando sua mãe fechou a porta. Terminou de arrumar a mochila e deitou, sem sono, ansiosa pelo dia que viria.






***


Raphaela sabia que fugir era a única saída para elas, mas estava temerosa, teriam que ir para outra cidade, arrumar um lugar para morar, mas para onde iriam?


Sua cabeça fervilhava, mas seu coração estava certo da decisão tomada. Resolveu que não se preocuparia com isso agora, tinha algumas economias, sabia se virar e sabia que tendo Juliana a seu lado conseguiria fazer tudo que fosse preciso. Seria forte.






***


De manhã Juliana saiu de casa com a empregada rumo a Biblioteca. Suas mãos suavam, tentava disfarçar o nervoso, mas não conseguia parar de imaginar o reencontro. O caminho parecia mais longo do que o habitual e seu coração acelerava a cada metro percorrido.


Chegou a biblioteca exatamente na hora marcada. Ficou preocupada que Raphaela se atrasasse, pois assim que entrassem na biblioteca a empregada perceberia que na tinha ninguém do seu colégio ali. Abrindo a porta da biblioteca Juliana tratou logo de arrumar uma desculpa:


- Aposto que as meninas vão se atrasar! Sempre que marcamos trabalho é assim.


Mas nesse momento seus olhos se cruzaram com os de Raphaela que estava sentada em uma das mesas fingindo ler um livro.


Raphaela ao ver que Juliana estava acompanhada faz sinal para que ela a seguisse.


Juliana diz a empregada que irá procurar os livros para adiantar a pesquisa enquanto os outros não chegam. Ela responde dizendo que irá esperá-la perto da porta. Juliana segue o caminho traçado pela sua amada entre as prateleiras de livros e quando estavam num lugar mais escondido Raphaela vira e lhe agarra. As duas se abraçam forte como se não se vissem a uma eternidade. Como se todo aquele amor fosse resultado da procura das suas almas, de séculos de busca... Aos poucos vão afrouxando o abraço e seus lábios se encontram com um beijo demorado e cheio de carinho.


Ao descolarem seus lábios Juliana é tomada pelo desespero e dispara a falar, qual uma metralhadora, todas suas aflições: Estou preocupada, minha empregada está na porta e não deixará que eu saia sozinha. Não conseguiremos fugir. Meu amor eu tentei vir sozinha, mas minha mãe não deixou.












Raphaela com toda calma pegou a mão de Juliana e disse para se acalmar que tudo daria certo, elas conseguiriam ficar juntas. Pediu que respirasse fundo e a ouvisse com atenção, pois ela tinha passado a noite toda acordada pensando em um plano e que nada sairia errado.


Elas ficaram ali por muito tempo, uma explicando seu plano detalhadamente e a outra ouvindo o que parecia ser a maior loucura que alguém já havia lhe dito.


A empregada percebe que Juliana já está a muito tempo sumida e que ninguém mais chegou na biblioteca; resolveu ir procurá-la. Ao percorrer as prateleiras vê no fundo de um corredor um casal se beijando, e qual seu espanto quando percebeu que era Juliana junto de outra menina.


Assustada liga para a mãe de Juliana e conta o que está acontecendo. A mãe de Juliana aos gritos do outro lado da linha diz para ela que não deixe as duas saírem que ela estava indo imediatamente para lá.


Não demorou para que chegasse na biblioteca, a empregada a aguardava na porta:


- Onde estão elas?


- Estão escondidas num dos corredores entre as prateleiras.


Ensandecida ela vai em busca da sua filha, ao encontrá-la mais uma vez a arranca dos braços de Raphaela. Aos gritos xinga e humilha Raphaela, quem ela pensava que era para perverter sua filha. Entre injúrias ela arrasta Juliana para fora e ao tentar impedir Raphaela recebe um tapa.


Por mais que Juliana tentasse escapar não conseguia, foi tirada mais uma vez do seu amor. Sua mãe a jogou dentro do carro e partiu para casa dizendo que ela jamais voltaria a ver Raphaela. Que preferia ela morta a ter uma relação com outra mulher.






***






A próxima será a última parte da novela.