Está procurando algo no blog? Pesquise AQUI

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

C'est la vie

Fazia quase um ano que conversávamos pela internet, já fazíamos parte da vida uma da outra e não dava pra negar a ligação que tínhamos, mas ela namorava e fui eu quem incentivou isso. Boba!...
Tudo isso fervilhava na minha cabeça, enquanto estava sentada, a espera, morrendo de vontade de acender um cigarro pra me acalmar, mas daí lembrava “Ela não gosta de cigarro”. O ônibus estava atrasado, isso só aumentava minha ansiedade, minha agonia.
Meu coração estava na garganta, minhas mãos trêmulas, minhas pernas bambas, e mesmo assim minha cabeça tentava se convencer de que tudo aquilo era uma brincadeira dela, que ela não viria, só tinha feito aquilo pra ver como eu ficaria, ou que tinha sido um sonho meu ter ouvido a voz dela dizendo que estava subindo no ônibus.
“Ônibus São Paulo a Curitiba, plataforma B”. Anunciam!
Levanto num misto de euforia e vergonha, vejo-a, como não veria? Ela é umas das primeiras a descer, me vê e abaixa o olhar... quando chega na minha frente estende a mão, eu imediatamente a abraço. Estava tão nervosa que fiquei desconcertada, falando freneticamente.
Deixamos suas coisas na minha casa e fomos num bar próximo, acabei encontrando outras amigas, ficamos mais a vontade e a conversa fluiu. Depois de algumas cervejas eu comecei a ficar inquieta, mas dessa vez eram meus quadris que mexiam, seguiam o compasso da música, simulava um mexer q o corpo tanto queria. A mão passeava pelo pescoço e nuca, um calor se fazia presente, prendi o cabelo na doce ilusão de que fosse resolver.
Resolvemos ir embora. Eu não dei nenhum sinal de que algo a mais poderia acontecer naquela noite, mesmo ardendo de vontade de tocar aquela pele que há tanto desejava. Chegando em casa não estávamos com sono, abri uma garrafa de vinho, continuamos conversando, conhecendo pessoalmente coisas que há muito tempo já conhecíamos virtualmente. O jeito de rir, as expressões tão características e o olhar, olhar que eu conhecia sem nunca ter visto...
O vinho esquenta o corpo e as maçãs do rosto estão vermelhas, talvez seja a vergonha de estar pensando tantas outras coisas enquanto ela conta a sua vida. Minha mão continua passeando pelo pescoço, mas agora vai para o ombro, cabelos... querendo que fosse a mão dela ali, conhecendo meu corpo. Minha respiração começa a ficar descompassada, ela percebe, eu já não consigo disfarçar.
Ela vem em minha direção, calma e suave, passeando as pontas dos dedos na minha pele... Estremeço... um arrepio passa pelo corpo todo. Suspiros cortam a respiração alterada. Me beija, o beijo tão sonhado. Mas o desejo cresce a cada toque, as mãos agora pegam o corpo da outra, com firmeza, como se eles quisessem uni-los em um. Não há limites, a vontade é quem guia nossas mãos... as roupas são tiradas com uma pressa quase adolescente de sentir o toque da pele por completo, de matar a curiosidade de meses...
Os beijos percorriam as curvas, sentia o gosto da pele, o cheiro, sentia os tremores do corpo...

Continua...
Mas não aqui.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Desacostumada

Bate agora em mim uma tristeza... uma pequena dor... uma dor de carne magoada depois da pancada.
Uma leve depressão depois de tanta alegria. Um vazio, apertado e claustrofóbico. Mas um vazio.
Um remorso de saber que me engano, que me deixo enganar e que deveria fazer isso mais vezes.
Que deveria aprender a viver tanto quanto aconselho os outros a fazerem.

Mas... sabe... isso é só mais uma coisa de quem não está acostumado com coisas boas acontecendo, que já não se assusta com as pancadas mas sim com os carinhos. Que acostumada a cair e ter de levantar-se, se esqueceu quão bom pode ser o calor de um colo.

Sou apenas eu, assustada comigo mesma, assustada por sentir meu coração pulsar e o sangue correr quente e rápido pelas minhas veias de novo.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Direção - Lucy Orttega

Esse é o pedaço de um curta que participei...
Posto ele enquanto digiro o feriado... meus pensamentos... meus sentimentos.

Enquanto volto a rotina.